Por Gabriel Comini
Com a constante evolução tecnológica na qual estamos presentes, sempre é buscado, fontes
energéticas que possam ser de baixo custo e baixa degradação ambiental. Não se trata de uma
novidade que os principais combustíveis utilizados nos dias atuais, são severos degradadores
ambientais, como gasolina, diesel e até o próprio etanol. A partir deste ponto, a comunidade
científica, vêm buscando um outro combustível que não tenha origem petrolífera e não
degrade, nem minimamente, o meio ambiente.
Fonte: MAPFRE
Nesse âmbito, surge o hidrogênio, que possui uma alta capacidade energética, onde sua
reação pode ser dada por:
Com uma energia liberada de 286 kJ/mol, a combustão do hidrogênio mostra-se altamente
energética, além de não liberar nenhuma partícula degradante ambiental, o que torna o gás
hidrogênio, um combustível ideal para a utilização. (CÉSAR, 2010)
Entretanto, a obtenção do gás hidrogênio não se trata de um processo simples ou de baixo
custo, muito pelo contrário, a obtenção do gás hidrogênio em larga escala se torna inviável
devido aos custos para sua obtenção, o que influencia consideravelmente no possível preço
deste combustível.
2H2(g) + O2(g) → 2H2O(l) + 572 kJ
Em um sonho utópico, o carro seria capaz de, através de um processo de eletrólise da água,
obter o gás hidrogênio, realizar a combustão, e retornar o produto para o tanque de água, em
um ciclo que não apresenta fim, entretanto, por motivos já supracitados, demandaria uma
imensa quantidade de eletricidade para que o processo de eletrólise ocorresse, o que torna
este “sonho” inviável. (SILVEIRA, 2015)
Já na realidade, o que acontece é a obtenção desse gás hidrogênio através de outros métodos,
que são um pouco menos inviáveis e a comercialização do gás hidrogênio através de postos,
como acontece com os combustíveis convencionais, entretanto, ainda com o preço
extremamente elevado, onde estima-se que custe 10 Euros para circular cerca de 100 km, o
que não é tão caro se compararmos aos recentes valores da gasolina e etanol. (MAPFRE,
[s.d.])
Outro ponto que dificulta a utilização dessa fonte de combustível, trata-se da falta de uma
rede ampla de abastecimentos, entretanto, este cenário pode mudar nos próximos anos. Por
fim, o último ponto negativo desta tecnologia, trata-se da própria característica altamente
explosiva do gás hidrogênio, onde a segurança do tanque deve ser extrema, o que torna a vida
útil do mesmo, bem inferior a vida útil do próprio carro, algo em torno de 15 anos.
(MAPFRE, [s.d.])
Falando em benefícios, além da degradação ambiental ser nula, ainda tem o rápido
abastecimento, se comparado com os veículos de fontes elétricas, levando cerca de 5 minutos
para o abastecimento completo, outro ponto é que com um tanque de gás hidrogênio,
estima-se que possa circular cerca de 600 km, conferindo-lhe uma ótima
autonomia.(MAPFRE, [s.d.])
Sendo assim, nós, brasileiros, aguardamos que este combustível se torne acessível para todos
nós, o mais breve possível, para contribuir de forma ambiental e econômica para o país e o
mundo.
REFERÊNCIAS:
CÉSAR, Paulo. Hidrogênio. [S. l.], 2010. Disponível em:
https://www.profpc.com.br/Hidrog%C3%AAniob.htm#:~:text=Combust%C3%A3o,com%20
a%20seguinte%20equa%C3%A7%C3%A3o%20balanceada. Acesso em: 12 ago. 2022.
MAPFRE. Vantagens e desvantagens dos carros movidos a hidrogênio. [S. l.],[s.d.].
Disponível em:
https://www.mapfre.com.br/para-voce/seguro-auto/artigos/vantagens-e-desvantagens-dos-carr
os-movidos-a-hidrogenio/. Acesso em: 12 ago. 2022.
SILVEIRA, Fernando Lang. Carro movido a água: milagre ou empulhação?. [S. l.], 2015.
Disponível em:
https://cref.if.ufrgs.br/?contact-pergunta=carro-movido-a-agua-milagre-ou-empulhacao.
Acesso em: 12 ago. 2022.
