A química por trás do gerenciamento e controle de qualidade do ar

A química por trás do gerenciamento e controle de qualidade do ar

por Gabriela Chaves de Souza

Com o advento da primeira revolução industrial, impulsionada pela criação da máquina a vapor, assim como o desenvolvimento posterior de novas tecnologias como os automóveis, além de diversas outras ações antrópicas como o desmatamento, as queimadas e o crescimento das cidades, resultaram em diversas alterações no meio ambiente e a poluição atmosférica foi um desses impactos.

Anteriormente à Química Verde, não existiam tantas preocupações com os problemas ocasionados pela ação humana. Foi apenas por volta da década de 1990 que essa área da química começou a se desenvolver, e os incentivos à aplicação de atividades mais sustentáveis passaram a ser mais difundidos, a fim de amenizar os impactos causados pela atividade antrópica. Foi nesse contexto que o controle de qualidade do ar passou a ganhar maior destaque.

❖ O que é a poluição atmosférica?

A poluição atmosférica pode ser definida como alterações da atmosfera ocasionadas por formas de energia ou de matéria, que em determinadas concentrações e tempo de exposição podem tornar o ar impróprio para a saúde humana, além de gerar prejuízos para o meio ambiente como um todo.

Alguns prejuízos gerados pela poluição atmosférica envolvem o aumento do índice de problemas respiratórios, principalmente durante o inverno – momento em que o fenômeno da inversão térmica intensifica – o que dificulta a dissipação das impurezas do ar por conta da estagnação do ar frio nas camadas mais baixas, fazendo com que não ocorra a rotação do ar atmosférico. Além disso, a geração de chuva ácida por conta da liberação de óxidos ácidos, como o dióxido de enxofre, durante a queima de combustíveis fósseis em veículos, em processos industriais, afetando a qualidade do solo e da água, além de provocar a corrosão de materiais.

❖ O que é o gerenciamento de qualidade do ar?

Ele é o processo de averiguação da quantidade de partículas poluentes em uma região determinada, por meio de ferramentas que podem medir o índice de qualidade do ar (AIQ), possibilitando um melhor controle de emissões além da identificação das principais fontes emissoras, o que auxilia na prevenção dessas emissões e na melhoria da qualidade do ar da região monitorada.

❖ Quais as metodologias utilizadas no gerenciamento da qualidade do ar?

Inicialmente deve ser escolhido o local a ser estudado e fazer as análises do clima da região, média de temperatura e de precipitação, além de observar o tipo de atividade que é exercida no local para conseguir identificar as fontes de emissão mais significativas para o ambiente analisado. Após a análise do ambiente é realizada a escolha dos métodos de verificação podendo variar de opções mais simples como os sensores até a utilização de estações de monitoramento que apresentam melhor precisão em suas análises.

A amostra é coletada para seguir para análises que identificarão a presença dos agentes poluentes e suas concentrações. Após o resultado das amostras entra a parte do controle de qualidade do ar. Esse controle pode ocorrer de forma indireta – um exemplo é a implantação de medidas que amenizem as quantidades de poluentes gerados, assim como a substituição de reagentes e matérias primas utilizadas nos processos industriais – ou de forma direta – por meio da retenção de poluentes que já foram gerados, evitando a contaminação dos arredores.  

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Silva, Cleyton M. da et al. MODELOS FOTOQUÍMICOS SIMPLES COMO FERRAMENTA PARA O GERENCIAMENTO DA QUALIDADE DO AR. Química Nova [online]. 2019, v. 42, n. 3 [Acessado 9 Abril 2022] , pp. 273-282. Disponível em: <https://doi.org/10.21577/0100-4042.20170343>. Epub 02 Maio 2019. ISSN 1678-7064. https://doi.org/10.21577/0100-4042.20170343.

CERATTI, A. M.; ALVES, D. D.; MEINCKE, L.; RABELO, F. L.; OSÓRIO, D. M. M. RELAÇÃO DO MONITORAMENTO ATMOSFÉRICO DE NO2, CO E O3 OBTIDOS PELA ESTAÇÃO DE MONITORAMENTO AUTOMÁTICA DA QUALIDADE DO AR DA UNIVERSIDADE FEEVALE/RS COM VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS. Revista Conhecimento Online, [S. l.], v. 3, p. 57-78, 2018. DOI: 10.25112/rco.v3i0.1607. Disponível em: https://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistaconhecimentoonline/article/view/1607. Acesso em: 10 abr. 2022.

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