Por Eva Tereza Oliveira Fernandes
Muitas pessoas não podem ficar sem o cafezinho na rotina, mas você já se perguntou por
que o café nos faz ficar mais acordado? E por que quanto mais café tomo, menos preciso
tomar para ter a sensação de mais energia? Bom, se já se perguntou isso ou está
perguntando agora, vamos te ajudar a entender!
A cafeína é a uma molécula orgânica pertencente ao grupo dos alcalóides, aminas
de cadeia fechada e com átomos de nitrogênio, possuem sabor amargo e estruturas
químicas complexas, geralmente são estimulantes, outros exemplos de alcalóides são a
morfina, cocaína, nicotina e codeína.
Figura 1 – Molécula de Cafeína
Mais especificamente, a cafeína às xantinas, substâncias que estimulam o sistema
nervoso central. O mecanismo de ação da cafeína é a inibição dos receptores de
adenosina, neurotransmissor que age no controle da frequência cardíaca, da pressão
sanguínea e da temperatura corporal, induzindo as sensações de sono e cansaço quando
precisamos de mais energia. Ou seja, a cafeína, por ser uma molécula de estrutura
semelhante a adenosina, confunde esses receptores e nos da a sensação de estímulo
quando nosso corpo precisa descansar.
Quanto mais cafeína a pessoa toma, mais receptores surgem e mais cafeína ela
precisará tomar para sentir esse efeito.
Figura 2 – Moléculas de Cafeína e Adenosina
Além de estar presente no café, a cafeína também compõe outras bebidas como chás
e chocolates, sabemos que é gostoso e tem diversos efeitos positivos, acelera o
metabolismo e melhora o rendimento, mas deve ser usada com cuidado, pois nada que
seja demais é bom e a ingestão em excesso da cafeína causa sintomas como: irritabilidade,
dores de cabeça, insônia, diarreia, palpitações do coração.
Referências:
DIAS, Ayres Guimarães; COSTA, Marco Antônio; GUIMARÃES, Pedro Ivo Canesso. Guia prático de química orgânica . Rio de Janeiro: Editora Interciência,127 p. v. 1.
BRENELLI, E. C. S. A extração de cafeína em bebidas estimulantes- uma nova abordagem para um experimento clássico em química orgânica. Química Nova na Escola, v. 26, n. 1, p. 136-138, 2003.
