A química da Cafeína

A química da Cafeína

Por Ana Luiza Andrade Matos

Uma das bebidas mais consumidas no mundo é o café. Muito utilizado com a
finalidade de “deixar as pessoas acordadas” por causa da ação da cafeína no
organismo humano. Apesar de ser muito consumida através do café, a cafeína
também está presente em outros produtos vegetais como, nas folhas de chá
verde, no cacau, no guaraná em pó e na erva-mate, e também em alguns
fármacos como nos antigripais. Existem muitos benefícios do consumo da
cafeína, porém o que grande parte das pessoas não conhecem são os malefícios
por trás dessa substância.

Primeiramente vamos falar sobre a parte química da cafeína. Ela é um alcaloide,
cuja a estrutura química é 1,3,7-trimetilxantina. Contendo em sua formula
nitrogênio, oxigênio, hidrogênio e carbono. A cafeína atua no sistema nervoso
central, ainda mais sobre o metabolismo basal, aumentando a produção de suco
gástrico. O café, após passar pelo processo da torrefação produz uma vitamina
importante para o metabolismo humano, a niacina.

Muitos estudos feitos mostraram que a cafeína age como um estimulante no
sistema nervoso central, desse modo é comprovado a redução da fadiga e o
aumento da capacidade de alerta. Por isso os alcaloides têm essa habilidade
inibir o sono. Parte da estrutura dessa substância é semelhante a estrutura da
adenosina, uma substância importante que estimula o sono, o que faz com que
a cafeína ocupe os receptores da adenosina, dando essa sensação de estarmos
‘ligados’. Portanto é comum depois de tomar uma xícara de café sentir o coração
palpitar. Além disso a cafeína também age no sistema cardiovascular, reduzindo
os níveis de colesterol ruim (LDL).

Por trás desses benefícios existem malefícios ligados a ingestão de doses muito
elevadas de cafeína. Como exemplo, o aumento da pressão arterial e da
frequência cardíaca. Ademais, o alto consumo durante a gravidez pode causar
aborto espontâneo.

Com o atual conhecimento dos prejuízos da cafeína, está popularizando o
consumo de bebidas descafeinadas. A extração da cafeína é feita com os grãos
verdes de café, antes de passarem pelo processo de torra. Os métodos mais
comuns para retirar são, utilização de solventes para remover a substância e gás
carbônico supercrítico, que utiliza pressões e altas temperaturas. Grãos normais
contém entre 0,8 e 2,5% de cafeína, depois da extração da mesma, não é
retirado tudo, apenas 97%, restando em média 0,1% da substância.

Referências:
Carlos A. B. De Maria* e Ricardo F. A. Moreira, Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro – Cafeína: Revisão sobre métodos de análise

Lucas Nunes Santos, Universidade de Brasilia – Café e Cafeína: Uma
abordagem contextualizada e interdisciplinar

Danielo Marquesini Terzi, Fundação Educacnal do município de Assis –
Avaliação do teor de cafeína em produtos descafeinados

Mais posts

Acompanhe a MannerJr.

Fale conosco